sexta-feira, 21 de junho de 2013

Religiões - A paz de Deus

Paz nas Religiões

Adelle Soares

Camila dos Anjos

Lucas Ranieri


A paz de Deus

Paz entre religiões e igrejas é considerada como mediadora de um mundo melhor, mas será que ela realmente existe?


A paz é uma palavra oriunda do latim Pax, que significa tranqüilidade e calma. São vários os tipos de paz. Entre eles está a Paz Bíblica, ou seja, a Paz de Deus, a qual é muito falada nas igrejas. “Essa paz tem o poder de transformar e erguer o caído”. O amor é um dom do Senhor que trabalha em conjunto com a paz. A igreja, juntamente com a Bíblia – o manual do cristão -
atribuem a Paz de Deus como a principal responsável pela garantia de todas as outras pazes.

De acordo com Gilbraz Aragão, estudioso da paz na construção de um novo mundo, a paz entre as religiões é fundamental para que, possamos construir condições melhores para todos. “Não haverá um mundo novo sem uma paz entre os povos, e não haverá paz entre os povos se não houver paz entre as religiões. No entanto, tem que haver diálogo entre elas”, afirma Gilbraz.

Paz pela igreja

Mas o fruto do Espírito é: paz, amor, gozo, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22.

Paz na igreja é um termo que define, entre outras coisas, uma sensação interior de bem estar emocional e espiritual. Estar em paz com Deus é ter paz na família e na sociedade. Estes são os anseios de todas as pessoas. Jesus Cristo é apresentado também como o ‘Príncipe da Paz’.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”, Isaías 9.6
Além de liberar a paz dentro das quatro paredes dos templos, a igreja tem a responsabilidade em liberar a paz também para a sociedade. Como é dito no mais importante mandamento cristão: “Amai ao Senhor teu Deus sob todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”, Mateus 22:39. Um exemplo de paz e amor ao próximo são os voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), espalhado por todo Brasil e ao redor do mundo, que dedicam suas vidas, visitando diariamente, comunidades, hospitais, além de abrigos, asilos, presídios e casas de recuperação de drogados. De acordo com Antônio Augusto, um dos voluntários da igreja, em Belo Horizonte, “o objetivo é levar a palavra de fé aos que ainda não experimentaram a misericórdia e a paz do Senhor Jesus Cristo”.

Os grupos de voluntários visitam internados nos asilos, prestando apoio espiritual àqueles que estão abandonados ou que não recebem a visita de um filho ou de um parente há muito tempo. Nos hospitais, quando é permitido, os obreiros fazem uma oração e levam palavras de paz, fé que curam e libertam. Já nas comunidades, o trabalho é feito de porta em porta, convidando as pessoas para participar da reunião de domingo, no Encontro com Deus na Igreja.

Além da igreja Universal, várias são as denominações que se disponibilizam a fazer boas ações e distribuir o amor e a paz de Deus às pessoas que ainda se encontram necessitadas de carinho. Na Igreja Católica do Bairro Durval de Barros, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, os membros e voluntários ajudam as pessoas da comunidade com doações de cestas de alimentação, roupas, produtos de higiene pessoal e de casa, além do apoio espiritual. “Poder ajudar as pessoas que necessitam é muito bom. Deus nos recompensa muito e não deixa faltar nada em nossa casa”, afirma uma das voluntárias da igreja e membro há 26 anos, Cecília de Abreu.

Preconceito: o vilão da paz
A paz e o bom convívio entre as diferentes denominações da mesma religião também é algo Bíblico. As igrejas, independente da denominação, são classificadas como a “Noiva de Cristo”. A referência é o livro de Cânticos dos Cânticos, onde Salomão, Rei de Israel, fala sobre o amor humano e o amor de Cristo à noiva dele, a igreja.

Mas, o que vemos em muitas denominações, principalmente naquelas que trazem um ministério e uma visão diferentes das ‘tradicionais’, não é bem uma relação de paz. Em Belo Horizonte, temos duas igrejas evangélicas com uma cultura bastante diferente das demais: a Caverna de Adulão e a Igreja Justiça e Retidão. O objetivo da criação de um ministério alternativo nessas igrejas foi o de alcançar pessoas que são vistas com desprezo e com olhar de julgamento pela sociedade em geral e também por outros cristãos. Os integrantes das duas igrejas são: metaleiros, underground, hardcore, heavy metal, góticos, punks e também pessoas comuns. Lá as pessoas de diferentes tribos são muito bem tratadas e podem ser o que realmente são.

Mas, ao sair na rua ou entrarem nas igrejas ‘tradicionais’, os cristão alternativos não são muito bem vindos, é o que conta a integrante da Caverna, Rafaela Rocha. “Muitos nos chamavam de satanistas por usarmos preto e fazermos heavy metal. Certa vez eu fui a uma igreja para comprar uma Bíblia e fui retirada por um segurança que mostrou uma arma. Achei um absurdo”, comenta Rafaela.

As pessoas que se vestem de preto e têm o corpo tatuado, além de brincos sofrem com preconceito fora, e até mesmo dentro, das igrejas. “Por ser terceiro mundo, tudo é na ignorância, até no evangelho, pois as pessoas querem tudo muito estereotipado, mas Jesus disse para irmos até a ele como estamos. Nós lidamos com isso sempre, mas ignoramos, pois somos reconhecidos como igreja e temos o registro que comprova isso. As pessoas podem falar o que quiserem, mas não podem nos mudar nunca”, afirma o pastor Rodrigo, líder da Igreja Justiça e Retidão.


Quando existe a paz entre as religiões


O conflito entre religiões marca a história da humanidade. Já foi, e ainda é, motivo de luta, disputas políticas e ideológicas. Algo que, na teoria, seria apenas para conscientizar os fiéis, ,a giosos laro dissom ssusta oje essa perseguiçoes açada a religao depassou a ser uma das principais causas de guerras.

Uma das maiores perseguições da história do homem foi religiosa, o Holocausto. A perseguição aos judeus na Segunda Guerra nada mais foi do que uma caçada a uma religião diferente da maioria predominante. Apesar de ser apontada como um abuso, hoje essas perseguições continuam e o que mais assusta é que os líderes religiosos, em alguns casos, apóiam o confronto.

Um exemplo claro é o eterno conflito no Oriente Médio, onde a religião de cada povo passou para segundo plano e tornou-se apenas um pretexto para uma guerra que já dura gerações.

Para a professora de Geografia, Cristina Renata Gauzzi Mendes, a paz no mundo depende muito do respeito e da igualdade entre as religiões. “Dificilmente será encontrada sem o apoio e a união das crenças. A Fé tem que aparecer primeiro que as disputas, cada um tem que aceitar e entender os dogmas e preceitos das outras. Estes conflitos religiosos se atenuariam se as pessoas tivessem mais consciência humana, ou seja, que os povos entendessem que todos somos seres humanos e necessitamos do respeito, da solidariedade, do afeto, da crença, de valores. Entender que a humanidade é diversa em vários aspectos, inclusive no religioso”, afirma Cristina.
Conferência Mundial das Religiões pela Paz
De acordo com Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, em Portugal, a paz mundial depende de nossa união em todos os aspectos. “Só nossa unidade poderá desprender essa sabedoria e essa capacidade necessária para mudar o mundo e ganhar a batalha da paz”, afirma Chiara. O movimento que Chiara fundou trabalha pela paz e crescimento social e espiritual de todos os seres humanos.

Um forte exemplo disso é a Conferência Mundial de Religiões pela Paz, fundada em 1970, é a maior coligação mundial de representantes das comunidades religiosas. Sue principal objetivo é promover a transformação de conflitos, a construção da paz e o avanço do desenvolvimento sustentável, a partir da união e o amor entre todos, independentemente de suas religiões. A Conferência e a discussão de assuntos de todos os aspectos: como Aids, fome, desigualdade social, abusos sexuais e as condições de vida das crianças abandonadas, acontece em eventos anuais. Cada ano é sediada por um país. Os principais países que a conferência trabalha são: Quênia, Malawi, Moçambique, Namíbia, Suazilândia e Uganda

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