quarta-feira, 3 de julho de 2013

Eric Donaldson






Ele é um dos maiores ídolos da massa reggueira do Maranhão e outros estados onde o reggae é a lei. Estamos falando do grande ídolo Eric Donaldson, que completou 60 anos em 2007.
Nascido em 11 de junho de 1947 em Kent Village - Jamaica. Um simples pintor de paredes, incentivado por seus amigos de trabalho que o ouviam cantar durante a labuta, resolveu tentar o ramo da música. O começo não foi fácil, mas ele persistiu. Segundo conta-se, ao pisar no palco do Jamaican Festival Song Competition, Eric Donaldson, até então um simples desconhecido, foi recebido com vaias e insultos. Vale lembrar que, na Jamaica, o termo "quashie", ou seja, caipira, tem um sentido perjorativo fortíssimo. Na segunda parte da música "Cherry Oh Baby", boa parte da platéia já estava de pé e aplaudindo, ovacionando o vencedor deste e de um número incontável de outros festivais ao longo dos anos, Eric Donaldson é Considerado o rei dos festivais da Jamaica, tendo ganhado 5 edições do Jamaica Festival Song Competition com a sua característica voz em falseto. A primeira foi em 1971, com a canção que o lançaria para o mundo do reggae: 'Cherry Oh Baby', que já ganhou inúmeras versões, incluindo uma do UB40 e outra dos Rolling Stones (que viviam a sua fase reggueira na metade da década de 70). 'Cherry Oh Baby' tornou-se um marco da música jamaicana e a voz de Eric Donaldson, marcada para sempre. Tente imaginar, sequer, um cantor que tenha um timbre semelhante ao do "Capelobo".
Donaldson começou a sua carreira em 1964, fundando no ano seguinte o grupo The West Indians, junto com os parceiros Leslie Burke e Hector Brooks. O grupo lançou alguns compactos, inclusive com Lee Perry ('Oh Lord'), mudou o nome para The Kilowatts e gravou para Lloyd 'Matador' Daley, sem sucesso, o que acabou causando o rompimento do trio. Depois de gravar algumas faixas solo, Donaldson se inscreveu no festival já citado com a música 'Cherry Oh Baby' e o venceu.
Parecia que sua carreira iria deslanchar, o compacto da música vencedora vendeu mais de 50000 cópias, passou a gravar com produtores da pesada como Bunny Lee, mas as coisas se encaminharam de modo diferente. Recusando-se a cumprir a rotina estafante das turnes e das gravacoes anuais, Donaldson passou a gravar esporadicamente, sempre com relativo sucesso, voltando a vencer o Jamaica Festival Song Competition em 1977, 1978, 1984 e 1993.
Na década de 90 experimentou uma volta às paradas, com diversas versões para o ritmo de 'Cherry Oh Baby', inclusive uma atualização dele mesmo para a canção que o consagrou. Além do mais, ficou ciente do quanto é amado pelo povo maranhense e de outros estados próximos (sem falar na colônia maranhense no Rio e São Paulo), que dança agarradinho ao som de sucessos como 'Cinderella' e 'Land of my Birth'. Tal popularidade em outro país que não a sua Jamaica natal deve tê-lo surpreendido, mas isso não o impediu de se apresentar em São Luís, com grande sucesso. Algumas de suas pedradas foram lançadas no Brasil na coletânea da gravadora Jamaica Gold - LOVE OF THE COMMON PEOPLE. Ele hoje vive em Kent Village, na Jamaica, onde administra o 'Cherry Oh Baby Go-Go Bar'. Continua fiel ao estilo que o consagrou.


No dia 23 de junho de 2007, Eric Donaldson apresentou-se em um show no ginásio de uma das avenidas mais movimentadas de Belém do Pará, contando com as participações dos dj’s Alex Roots (Belém) e Rubinho Star (Fortaleza), além da Radiola Princesa Negra (Belém) e banda Lunai (Belém). O local contou com a presença também de públicos distintos: A galera que curte reggae eletrônico e a massa que curte as famosas "Pedras da Bolacha", nome dado aos Reggae Roots tirados do vinil. Para contemplar o evento, o ginásio contou com nada mais nada menos que 5.000 pessoas, o que para um ginásio de universidade é excelente!



As pedras começaram a rolar por volta das 22:00h com a radiola Princesa Negra e com os d´j se revezando, metade roots, metade eletrônico, pra agradar à todos. A madrugada chegou, e no palco entra a banda Lunai arrebentando com clássicos do reggae como "To Love Somebody" muito ouvido em Belém na voz da Barbara Jones, e "Harambe", da grande Rita Marley.



Depois de muito reggae de primeira, chega o momento mais esperado da noite. Lançando seu mais novo álbum com novas pedras e regravações de clássicos que marcaram sua carreira em Belém e São Luis, Eric Donaldson sobe ao palco pra delírio da massa regueira do Pará que lotava o salão e as arquibancadas do ginásio da UEPA. Eric começa o show cantado seus maiores sucessos como: "I Need Someone", "Follow Me", "More Love", e "My Love". A explosão aconteceu quando ele cantou suas 3 músicas mais ouvidas pelos regueiros em todos os tempos: A envolvente "Cinderella", "Jah Love" e a que fez o ginásio tremer "No Slave". O Coro formado era ininterrupto e de arrepiar. A galera de Belém está de parabéns pela receptividade, sempre deixando o artista convidado se sentindo em casa.

Ras Alvim Um Dos Pioneiros do Reggae no Pará e no Brasil




Ele começou um movimento na década de 70, mais precisamente em 1977, quando em sua casa Ras Alvim reunia-se com seus amigos Ras Margalho, Jorge Motora, Manassoude e Fernando Ripi. Fernando por sinal foi o primeiro a fundar uma casa de reggae em Belém do Pará chamada de “TOCA do REGGAE”, com todo apoio dos amigos Alvim e Margalho, que ficava localizada na Passagem Secundino Portela, na Marquês de Herval no Bairro da Pedreira, por onde passaram os melhores DJ’s da época tais como: Ras Margalho, Maestro Bernard, Dj Lídio e muitos outros.



Ras Alvim têm sua opinião formada sobre a transformação do reggae, dizendo que hoje em dia muitas pessoas vão as casa de reggae por pura empolgação sem saber de onde vem, o que as canções transmitem, a diferença entre a filosofia rastafari e o reggae, e que a consciência é a peça chave do verdadeiro crescimento reggueiro.

No que se refere ao rastarafismo, Alvim ressalta que existem hoje em dia pessoas que se caracterizam como rastas usando DREADS (uma das características do rastafarismo) que cantam reggae, mas não seguem a filosofia rasta.

Seu vocalista favorito é nada mais nada menos que Bob Marley, “Bob conseguiu ter o dom de ser insubstituível, não morreu está apenas adormecido” – diz ele.

Alvim gostaria que as pessoas que vão as casas de reggae, fossem com a certeza de que o reggae traz a paz, a união, a humildade e principalmente tenham a consciência que o reggae não é somente uma dança, mas sim uma cultura muito bonita, fácil de aprender e difícil de esquecer.

Alvim é um dos responsáveis pelo crescimento do reggae no Brasil, foi ele quem apresentou o ritmo ao dono de radiola “Riba Macedo”, que começou a tocar o reggae entre os forrós e merengues que tocavam em São Luis do Maranhão. Logo o ritmo caiu nas graças dos maranhenses (aliás, o disco que Riba Macedo levou primeiro para o Maranhão foi o “Reggae Frontline”), Ras Alvim é um dos pioneiros do reggae no Brasil, recentemente foi homenageado pela banda Tribo de Jah com a música “pioneiros do reggae” que foi lançada no cd “Guerreiros da Tribo” onde a banda cita o nome dos pioneiros(Rasta Alvim, Ras Margalho, Riba Macedo, Zé Roxinho, Viegas, Natty Nayfson, Chico do reggae e Serralheiro).
Ras Alvim pode ser encontrado todos os dias em sua barraca de discos na praça das Mercês em Belém do Pará. Querendo trocar umas idéias sobre reggae, comprar CD’s e ou LP’s, é só aparecer por lá e falar com o Alvim ou com o seu filho Max Alvim.

Feliz de quem já teve a oportunidade de trocar uma ideia e escutar um som com essa fera do reggae paraense.

A Ligação do Reggae Com Os Skinheads



Muito do que o Reggae é hoje deve-se ao fato dos skinheads o terem adotado como seu próprio som.

Muitos irão torcer o nariz e fazer cara feia com essa informação. Mas Skinhead ouvindo som de negro ? é o que a maioria se indaga quando ouvem um som do gênero que entonam o coro Skinhead em suas letras. Muitos pensam tratar-se de algo contra, mas quando param para prestar atenção na letra percebem que não só muitas músicas foram feita falando dos skinehads, e sim para eles. Já que a onda do Skinhead Reggae estava tão em alta, os artistas negros enxergavam neles públicos fiéis e loucos para gastar uns trocados por novidades do Reggae. O que de fato era verdade.

O reggae estava despontando na cena britânica devido à curtição dos skins. A imprensa musical e as rádios não davam grande apoio, até desdenhavam o gênero por ser "cru" e "simples". Chegavam a chamar de "yobbo Music" (música de mongoloide), justamente pela conexão com a cultura skinhead.
Aquilo era um círculo vicioso, pois sem a cobertura da imprensa e sem tocar nas rádios, as lojas de discos não encomendavam e, portanto, a música nunca aparecia nas listas de mais vendidos.
E como algumas estações, particularmente a Radio One, baseavam sua programação na colocação das músicas como reflexo da preferência do público, o reggae raramente figuraria como "popular". Os dois únicos programas dedicados ao gênero eram o "Reggae Time" da BBC de Londres e o "Reggae Reggae" da Rádio Birmingham. Eram chamados de programas "de minoria", numa época em que os singles de reggae vendiam dezenas de milhares de cópias sem qualquer tipo de promoção.
Isso fez dos salões e dos pontos de venda (que geralmente não passavam de barracas de mercado) os únicos locais onde se podia ouvir os últimos lançamentos. Mesmo os discos que chegavam às paradas como o grande sucesso de Dekker "israelites", passavam meses expostos nos clubes e pubs até alcançarem alguma posição. Mas em 1969 já era tal a procura que os pequenos comerciantes não davam conta. Não demorou para que o som fosse ouvido em locais públicos nos fins-de-semana, até que casas noturnas badaladas, como o Flamingo ou The Roaring Twenties começaram a atender aos fãns de Reggae.

O grande nome do Skinhead Reggae foi a Trojan, uma etiqueta lançada pela gravadora "Island Records" e pela Beat & Commercial Company em 1968. A Island já tinha tradição no mercado de música jamaicana na Grã-Bretanha e chegara ao segundo lugar nas paradas em 1964 com My Boy Lollipop de Milli Small. Mas em 1968 o dono da gravadora, Chris Blackwell, estava mais interessado em transformar a Island em num grande selo do Rock ( o que de fato conseguiram, Hoje a island records abriga artistas como Bon Jovi, Mariah Carey e Sum41, é triste...). Para isso tinha que se livrar da imagem de gravadora especializada em "minoria", e descartou todos os astros do reggae, com excessão de Jimmy Cliff. Já a companhia Beat & Commercial pertencia a Lee Goptal, um comerciante de tino, bem entrosado na música jamaicana. A princípio a B&C trabalhava na distribuição entre a Musicland e as lojas da Music City em Londres, nas áreas de Stroke Newington, Brixton e Shepherd's Bush.
Quando a Trojan se estabeleceu, veio como uma salvação para ambas, pois dava continuidade à política da Island de investir no reggae mais pop comop forma de levar o som jamaicano para além do gueto. As tosquices das gravações de produção mais barata foram contornadas com a adição de cordas e até coros, de modo a torná-las palatáveis ao mercado britânico. Singles promocionais , baladas, versões covers de música pop, tudo valia para abrir o mercado aos produtos da Trojan e suas subsidiárias, garantindo espaço nas rádios e faturando-lhe dezessete hits entre os "vinte mais" no período de 1969 a 1972.
A Trojan também foi das primeiras a vender discos a preço s pormocionais para ampliar o mercado. Coletâneas como as das sériesTighteen Up e Reggae Chartbusters arranjaram seu espaço em um mercado dominado pelos dinossauros do Rock, graças a tais promoções da Trojan.
Com suas mais de quarenta subsidiarias , a Trojan acabou controlando 80% do mercado de Reggae, isso numa época em que cerca de 180 discos de reggae eram lançados por semana. Em termos de Reggae, era impossível rivalizar com ela, mas, apesar de ter alguns de seus astros entre os mais famosos do Showbusiness, o som jamaicano permanecia dentro dos limites do underground. De mais a mais, o gosto dos apreciadores do Skinhead Reggae não coincidia necessariamente com o do consumidor comum, o que gerava distorções do tipo: canções de maciço sucesso nos clubes, que passavam desapercebidas do público em geral e da mídia musical. Para um skin nomes como Pat Kelly e Derrick Morgan significavam muito, tanto, ou mais que um Jimmy Cliff ou Bob Marley.

A única real concorrente da Trojan era a Pama records e sua dúzia de etiquetas subsidiárias. FUndada em 1967, no auge do Rocksteady, pelos três irmãos Palmer, ela incrementou a auntêntica reputação do Reggae, dirigindo seus lançamentos especificamente ao mercado étnico e ao "movimento" skin.
Os produtores jamaicanos, que já não tinham fama de honesto, trataram de explorar a rivalidade entre as duas maiores empresas de Reggae. eles voavam até Londres e assinavam contrato com ambas para os mesmo lançamentos, o que resultava em litígios que culminaram em 1969, quando a Trojan lançou pela Treasure island o celébreSkinhead Moonstomp do grupo Symarip, só para abafar o sucesso doMoonhop de Derrick Morgan, que saíra pelo selo Crab da Pama.
O rolo tinha começado quando Bunny Lee cedeu uma mesma música (seven Letters, de Derrick Morgan) para a Trojan, que a lançaria em sua nova subsidiária "Jackpot", e para a Pama, que a Lançaria pela "Crab". Na hora em que a Pama cronogramava seus melhores lançamentos para sair em função do sucesso de Moonhop, a Trojan melou tudo com uma versão não creditada da dita cuja, que não era outra senão a manjadíssima Skinhead Moonstomp, interpretada pelos Pyramids sob o pseudônimo de Symarip (um óbvio anagrama), a fim de faturar em cima da promoção da concorrente. Ironicamente, Skinhead Moonstomp é reconhecido hoje como um clássico do Reggae Skin, enquanto o originalMoonhop caiu no esquecimento. o mais chato de tudo é o fato de que Bunny lee é cunhado de Derrick Morgan.
Casos como esse iam sujando a barra da música jamaicana. Na verdade, a própria Moonhop de Derrick Morgan era baseada em outra canção, chamada I Thank You, que tinha sido lançada por Sam & Dave, uma dupla de Soul de Memphis. Quanto aos Pyramids, uma banda de estúdio que topava qualquer parada, estavam acostumados a gravar sob pseudônimo. Na mesma época tinham saído discos deles como "The Alterations", "The Red Bugs" e "The Rough Riders"

Tanto a Trojan quanto a Pama chegaram a produzir seu material na Grã-Bretanha, às vezes com músicos de estúdio brancos e vocalistas jamaicanos. Laurel Aitken , um dos recordistas de vendas da Pama, costumava dizer que só dava ele de negro no estúdio quando era gravado um reggae.
Claro que Skinhead Moonstomp não foi o primeiro nem o último disco de Reggae a celebrar seus próprios fãs Skinheads. Os mesmos Pyramids aproveitaram a onda para faturar outras canções em cima do tema, sob o nome fantasia de Symarip, como o clássico Skinhead Girl, e a Skinhead Jamboree. Algumas canções eram excelentes, outras pavorosas.
A atração dos skinheads pelo reggae se devia ao ritmo contagiante da música. As letras pouco importavam, já que a maioria não sacava os significados das gírias jamaicanas. Israelites de Desmond Dekker pode ter vendido oito milhões de cópias pelo mundo, mas se você perguntar a meia dúzia de caras o que a letra quer dizer, você terá meia dúzia de respostas diferentes. Por isso mesmo as faixas instrumentais tinham tanta popularidade quanto os números vocais: o essencial estava no som.
Toda essa proximidade da cultura britânica com a cultura jamaicana propiciou uma harmoniosa convivência onde garotos brancos e ngeros dançavam a noite inteira juntos sem o menor problema. Até que a paz se acabou. Num clube jovem do sul de Londres, a resposta de alguns idiotas à canção "Young Gifted and Black" (Jovens, talentoso e Negro) de Bob andy & Marcia foi cortar os fios do alto falante e entoar um coro contrário, dizendo "Young Gifted and White"(Jovem Talentoso e Branco). No começo de 70 , o reggae perdia um pouco de seu charme junto aos garotos brancos. A mudança de rumo das letras em direção à Babilônia, JAH e outros temas africanos, deixou muita gente a ver navios, e mais uma vez o som foi ficando confinados nos guetos das colônias jamaicanas. E o que seria a veradadeira raíz do reggae ficou esquecida, e muitas vezes ridicularizada por alguns que a chamam de "crua" e "simples".

Fonte: A Bíblia dos Skinheads

Stanley Beckford (1942-2007) – uma vida reggaementando a música

Stanley Beckford


Em 30 de março de 2007, Stanley Beckford perdeu sua batalha contra o câncer na garganta.

Em 03 de dezembro, a edição 2006 do The Gleaner Diário descrito, Stanley Beckford descreveu sua situação:.



Agora, olhando câncer na face, Beckford diz que ele só pode contar suas bênçãos. "Bem, louvado seja o Senhor, estou me sentindo melhor do que antes. Ainda estou sentindo um pouco de dor, mas tenho que tomar alguns medicamentos para tentar contrariar um pouco a dor", disse ele.

Ele diz que sua família também tem sido muito favorável, especialmente sua esposa Thelma. "Eu tenho uma mulher aqui, ela é mais do que um anjo. Durante minha doença, mesmo antes, como eu mesmo fico um pouco dor de cabeça ela pular e pronto para Tek conta de mim, então quando ele veio para a minha família eu não tenho queixas ", disse ele.

Seus sete filhos, cinco meninas e dois meninos, estão atualmente no exterior. Beckford, que diz que ele era um paciente no Hospital Universitário de West Indies, durante seis semanas, diz: "Até agora eu realmente não sei o custo do hospital. Essas coisas foram olhou em volta ou pago por outras pessoas, mas eu não tenho certeza por que. "

Foi, no entanto, relatado em The Gleaner em 13 de novembro, durante a realização de Derrick Morgan na CVM TV Startime foi feito um apelo para ajuda no pagamento de metade do Beckford a conta do hospital milhões de dólares. E Beckford tem preocupações maiores a considerar, como ele iniciou um tratamento de radioterapia de 10 dias, que também deve custar uma boa soma.

Beckford diz, no entanto, que o apoio geral da Fraternidade de entretenimento tem sido mínima. "Para ser sincero, é apenas Fab 5, os astronautas, Derrick Morgan, Toots Hibbert e um pouco mais, mas essas são as principais pessoas da indústria da música que vêm e me procurar no hospital e tudo o que eles poderiam oferecer uma contribuição que me deu. Eles são meus chefes de família ", disse ele, rindo.

Onde sua carreira de cantora está em causa, Beckford diz que ele sente que é hora de dar um pouco para o Senhor. "Para ser sincero, eu ainda mantenho minha coisa como cantora, mas para continuar com ele, eu não penso assim. Caso contrário disso, eu acho que eu vou dar para o Senhor", disse ele.

"Isso não quer dizer que se eu conseguir um show que eu não vou fazer isso", disse Beckford. Beckford diz que não se arrepende, como ele se descreve como um "campeão para a Jamaica".

"Há tantos número um canções que eu fiz ao longo dos anos, solda, Kisiloo, Brown Gyal, Vassoura Weed e havia outras músicas. Minha música festival, Dreaming Of A New Jamaica, Jamaica Island Of Casa, poluição e outros, mas por outro lado de que, chegando, eu tinha um monte de canções número um, mas eu não me lembro de tudo um dem às vezes ", disse ele.

Beckford diz que seu único arrependimento até à data é a maneira em que artistas mais velhos são tratados de forma injusta. "Eu sou um artista de gravação de baixo na década de 60 um, nunca usar para fazer nenhum dinheiro. Que eu uso para obter cinco centavos de dólar por cópia do registro de um uso di registro para vender por 75 centavos de dólar por produtor di não vai te dizer o quanto registros foram vendidos. E mesmo agora, não fazendo nenhum dinheiro como artistas velhos tempos. Di única coisa que fazer um casal de dólares é como estrelas de R Us, Startime e JCDC. Nós fomos roubados e enganados, mas quando as pessoas vêem Stanley e as turbinas dem seh um grande artista, mas só temos o nome di ", disse ele.

"Di hoje artistes dem Promoter só waan gi temos uma 15 mil dólares ou um US $ 20.000 e por di tempo wi táxi pagar uma coisa dem deh wi ciano pagamento wi contas. Tenho fi a pedir um emprestado, mi nuh vergonha fi ninguém dissessem dat. a chegar a meio milhão de um milhão. Eu não estou desrespeitando nenhum artista ou a indústria da música, mas eu só estou falando o que está acontecendo, e não deveria ser assim. Isso não só me sozinho como artista que essas coisas acontecem a. Você tem Hibberts Toots, Eric Donaldson, os astronautas, Derrick Morgan, Keith Poppin que são artistas de longa data, e no mesmo portfolio como eu. Nós não temos o nosso quinhão ", disse ele.


Introdução

De acordo com entrevistas dadas em 2004, Stanley Beckford nunca vi uma grande diferença entre mento e reggae. Para a primeira parte de sua carreira, que abrange a década de 1970 através da década de 1990, gravou reggae mento-infundido. Stanley saudou o novo milênio, deixando gravação reggae trás para gravar mento. É interessante notar que, enquanto alguns artistas do mento passou a reggae (como Lord Tánamo, Count Lasher e Conde Fixo), Stanley Beckford é o único artista reggae para passar para mento.

Stanley foi carregado fevereiro 17, 1942, na paróquia de Portland. Ele ficou órfão ainda criança e acabou vivendo em Kingston. Tomando um caminho que outros artistas jamaicanos seguida, ele começou a cantar na igreja, e, em seguida, ganhou destaque ao vencer na Vere Johns concurso de talentos do rádio. Stanley registrado reggae como Stanley e as turbinas, os Starlites, e, resumidamente, como Bellfied. Embora claramente reggae, a sua música tinha um tom de mento, mostrando um som país, especialmente devido aos vocais de estilo do mento de Stanley. (Ele soou como a grande cantora mento Harold Richardson.) Quando a influência mento era mais forte, suas gravações poderia ser melhor descrito como "mento-reggae".

Antes de passar para o mento, Stanley Beckford lançou vários álbuns de reggae e numerosos singles do início dos anos 1970 para a década de 1980, apreciando sucessos como "solda" e ganhar Festival três vezes.

Além de composições originais, Stanley registrado reggae cobre de uma série de canções mento, como "Quintal Balm", "Big Bamboo", "Banana", "Sweet Jamaica" (com novas letras), "Dip Dem", "Samfie Man "," Manutenção e Chi Chi Bud "," China Man From Montego Bay "e outros mencionados abaixo.

No final de 2008, eu ouvi via DJ David Pablo de Colton Califórnia de Tony Chin, que ofereceu as seguintes informações sobre a gravação de solda:

Alma Syndicate façanha banda.
Tony Chin guitarra-ritmo
Fully Fullwood-bass
Santa Davis-drums
Earl "Chinna" Smith-lead guitar
Keith Sterling-teclados
Ansel Collins-órgão
gravado no estúdio do Randy, 17 North Parade, Kingston JA



Reggae LPs e CDs
Jamaicano música fã Olivier Albot de França forneceu
duas discografias de gravações de reggae de Stanley Beckford. Punho é o único para LPs e CDs:


STANLEY E OS TURBYNES:
 Folhas Mi Kisiloo Dinâmico 1978
 Big Bamboo G. G. 1981
 Big Bamboo (relançamento) Gold jamaicano 1992
 Brown Gal Hope Road / Tuff Gong?
 África (CD re-lançamento do LP 1978) Lagoa 1995
 Queria que o homem Joe Gibbs 2000

OS Starlights:

 Solda (1974-1978) Pulsação 1993

STANLEY BECKFORD:

 Gipsy Mulher G. G. 1979

   Acima, no rótulo, Tuff Gong, é o Stanley e O CD Turbynes ", Gal Brown", produzido por Barrington Jeffrey. Este CD é recomendado como um excelente exemplo de reggae-mento. Piano é um instrumento dominante, remetendo ao som pré-elétrico do mento. O ritmo é saltitante reggae, influenciados pela batida proto-reggae do mento que vieram antes. Voz rurais de Stanley, bem como as letras adicionar à sensação país. A tampa traseira revela que a instrumentação é fornecida por coortes Sly e Robbie e familiar, tais como Tommy McCook.

Há muitas canções belas, e não maus: "Brown Gal" destaca-se, como faz "Dada imploro seu perdão" ea versão original de "vassoura Weed". Melhor mento reggae seria difícil de encontrar. "In My Prime" e "Leave My Kisiloo" (baseado no do Conde Lasher "Mobay chinês") são divertidos.

Tanto quanto mento abrange ir: "Deixe meu Kisiloo" é uma adoção da canção Lasher Conde lançado em Chin, "não enganar Roun Me Gal", também conhecido como "Mo Bay China Man". Outra faixa, "bolinhos", creio eu, é uma canção folclórica da Jamaica. A pista mento-reggae "Bredda Ram Puss" é uma canção diferente da canção mento "Senhorita A Cabra Ram".

"África" ​​apresenta uma introdução da música Africano, em que o canto de Stanley põe a nu a forte ligação entre as tradições vocais africanos e os vocais do mento da Jamaica rural. "A Little of Your Love" encontra Stanley realizando uma música soul.



Acima, na etiqueta Jamaica ouro é o CD 1992 re-lançamento do 1981 "Big Bamboo" LP por Stanley e Os Turbynes, produzido por Alvin Ranglin.

     

Este conjunto não é tão forte como "Gal Brown". Não é distintamente mento-reggae. Muitas faixas têm uma influência calypso, resultando em um compromisso menos interessante entre reggae, calypso e mento. Este CD pode ser encontrado muito barata. Possui encarte que colocam Stanley em contexto com calypso e mento. Boo Richards na bateria, Lloyd Parks no baixo, Willie Lindo, Bope e Andy Bassford na guitarra, Winston Wright nos teclados, Dave Madden, Dean Fraser e Glen DaCosta em chifres, Ruddy Thomas na percussão, Barbara Jones e Os Tamlins em backing vocals.

Tanto quanto covers do mento ir, não é o Harold Richardson e dos Ticklers "cura no Quintal Balm" (escrito por EF Williams), "Calypso On The Island" é uma adaptação do antigo mento "Banana" e "Carnival" é uma adaptação de "Sweet Jamaica" por Lord Lebby.

 Para a direita é o lançamento no Reino Unido deste CD em Registros Charly com uma capa diferente.
uma etiqueta a partir da versão em vinil GG Records.

Segue-se o lançamento do LP jamaicano Big Bamboo em
GG Records.


Reggae Singles

Abaixo está discografia de gravações de reggae de Stanley Beckford em 45 RPM singles Olivier Albot. Ao longo da direita e inferior estão algumas amostras aleatórias de muitos singles de Stanley.

OS STARLITES:

 Você é um homem procurado / Back To DUBwise G. G. Registros 1973
 Sugar Plum / Version (Bellfield) Volcano 1973
 How You Gonna Get Controle / Versão G. G Registros 1973
 Donkey Man / Dub Part Two G. G Registros 1973
 O dia todo trabalhando G. G 1973
 Slave G. G 1973
 Ja Ja foi preparar G. G 1973
 Mr G Softhand. G 1973
 Hold My Hand / Hold My Hand (Pt.2) Volcano 1974
 Mama Dee / Mama Dee (Pt.2) g.g Registros 1974
 Solda / Parte Dois g.g Registros 1975
 Balm jardim / Balm Quintal Skank Hot Rod 1975
 Cura no Barnyard / versão? 1975
 Healing (Rudy) 1975
 Ele Pon Top / Versão Tanya 1975
 Alguns A Weh A Bawl / Part 0,2 Dubwise G. G Registros 1975
 Mergulhá-los Jah Jah mergulhá-los / Jah Jah Dub GG Registros 1976
 Esposa fiel / Dub Sábio G. G 'S discos de sucesso 1976
 Born Again Rasta / Part Two Dub G. G Registros 1976
 Samfie Man (Nov 1976) G. G 'S Registros 1977
 Hold Them Natty Dread / Parte 2 Dub GG 'S Records?
 Mr Walker JAMA?
 Shame On You Starlite?
 Quando chego em casa FEDERAL?
 Kingston Garota Black & White?
 Dragon Dance (g.g 'S)?

STANLEY E OS TURBYNES:

 Chorando Slave / Hide do Bellinda Barry Out 1976
 Pouco do seu amor / Disco Serenade Dr. komina 1977
 Deixe meu Kisi-Loo / Bolinho Dr. komina 1977
 Tribunal de Família / Família Tribunal Dub (g.g 'S) 1977
 Sua mãe Never Know (1977) (g.g 'S)?
 Chiney Bebê (1977) (g.g 'S)?
 De John Lane Rock (1977) (g.g 'S)?
 Oh Jah Jah (1977-1978?) (G.g 'S)?
 A rainha Sheba (Março de 1978) (g.g 'S)?
 Big Bamboo (1978) (g.g 'S)?
 Richman FURO DE ÁGUA 1978
 Brown Gal / Versão Dr. komina 1978
 Broom Weed Dr. komina 1978
 Bredda Ram Puss?
 ?

 A Pretty Face / Permanente na minha janela Dr. komina 1979
 Ciúme / Dub Parte 0,2 g.g 'S discos de sucesso 1980
 Vem cantar comigo / Part 0,2 GG 'S discos de sucesso 1980
 Vem cantar comigo / Ciúme '12 '(Alvin Ranglin) 1981
 St Thomas Frango / Dub Parte dois registros GG 'S Hit 1981
 St Thomas Frango / Dub Part Two '12 'GG' S discos de sucesso 1981
 Nice Time / Part 0,2 THUNDERBOLT 1981
 Dream Of Me '12 '?



 Mento Recordings

 Em uma série de entrevistas em áudio em formato real postada no web site do Mondomix, Stanley explicou que, em 2001, ele foi visitado por promotores de França, que lhe pediu para gravar um disco mento. Stanley considerado o Dennis Mento Banda Rod, mas, depois de conferenciar com sua esposa, decidiu em vez de trabalhar com The Blue Glaze Mento Band, que ele acreditava ser a melhor banda mento ativo. (Como o artigo de Dan Neely em Globais ritmo revista mostra, Stanley vinha desempenhando por um tempo antes deste com o Dennis Mento Banda Rod. Veja abaixo mais informações sobre este artigo.) Em 2002, ele gravou ", Stanley Beckford Plays Mento", apoiado por esmalte azul. É o grande álbum mento que Stanley nasceu para gravar, mas consegui até que ele tinha 60! Junto com a ordem do lado de Bob Marley cobre, é uma bela coleção de remakes do mento de alguns dos sucessos de auto-escritas de Stanley (incluindo uma versão maravilhosa de "vassoura Weed", só vale o preço do CD) e as normas do mento. Este CD é recomendado como um excelente exemplo do ressurgimento de lançamentos do mento, que começou no final de 1970. Esta versão pode ser comprado em melhores lojas de discos e varejistas on-line.

 
Stanley seguiu este CD com uma turnê pela Europa com o Blue Glaze.

1. Big Bamboo
2. Hold My Hand
3. Rich Man
4. Broom Weed
5. Dip Dem Jah Jah
6. Guava Jelly
7. Three Little Birds
8. Kisiloo
9. Brown Gal
10. De solda
11. Fi Mi Gal
12. Segurá-lo Joe
13. Um amor


Em 2004, Stanley Beckford, novamente apoiado por The Blue Mento Banda Glaze, lançou "Reggaemento", um acompanhamento para "Jogos Mento", no rótulo, Chrysalis / Calaloo. Atualmente lançado apenas na França, ele pode ser comprado a partir do site da Amazon francês: http://www.amazon.fr. O livreto fechado inclui algumas belas fotos, além de letras das oito músicas escritas por Stanley. As demais faixas são versões do mento de favoritos reggae. Stanley está novamente em turnê pela Europa com esmalte azul para promover Reggaemento.

1. Wanted Man
2. Israelitas
3. Oh Jah Jah
4. Let The Devil Gwaan
5. 007 favela / u vai Never Grow Old Medley
6. Porque Way Estrada [incorpora o "back to back, barriga com barriga" chorus]
7. Sam Man Fi [não a canção Lasher Conde de mesmo nome.]
8. Telefone Chamando
9. Feel Like Jumpin '
10. Donkey Man
11. Oh Jeová



 Aqui está a banda:

Stanley Beckford (vocais, guitarra)
Vincent Price (clarinete e voz)
Nelson Chambers (banjo) Kenneth Burell (caixa rumba)
Thomas Hamilton (guitarra e vocal)
Randal Whyte (percussão e vocal)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

CARIMBÓ

CARIMBÓ



O Carimbó é uma dança que tem influência africana, indígena e portuguesa. O Carimbó é, inclusive, conhecido nacionalmente (por estudiosos em folclore) como a única dança brasileira, onde se percebe visivelmente a influência dos três povos que formaram a sociedade brasileira: o batuque africano; os instrumentos indígenas e coluna curvada, da forma como dança esse povo; e o estalar de dedos dos portugueses. O Carimbó é  marcado pelo uso de um atabaque - um tambor que é feito de um tronco escavado com cerca de 1m de comprimento por trinta centímetros de diâmetro, coberto com couro de veado.

Os dançarinos apresentam uma coreografia onde os pares dançam soltos. O cavalheiro comanda os passos seguido pela dama, onde dão inúmeras voltas sempre obedecendo o ritmo dos instrumentos e lembrando uma dança de roda. Sua característica fundamental e inconfundível é a dança livre, com a marcação do ritmo com a perna direita e arrastando a esquerda e vice-versa, conforme a tendência do dançarino.
Os braços se elevam acima dos ombros em forma de “L” e acompanham o gingado do corpo. O traje usado pelos dançarinos são saias longas e rodadas e blusas brancas com folhos para as mulheres; roupas comuns com um lenço em volta do pescoço e as pernas das calças arregaçadas um pouco acima dos tornozelos para os homens.
O carimbó pode ser encontrado em restaurantes típicos, coreografados por grupos de dançarinos, ou nas boates e casas noturnas de Belém e principalmente na cidade de Marapanim (PA) - "A Terra do Carimbó"

Augusto César Sandino




Augusto César Sandino (Niquinohomo18 de maio de 1895 — Manágua,23 de fevereiro de 1934) foi um revolucionário nicaraguense líder da rebelião contra a presença militar dos Estados Unidos na Nicarágua entre 1927 e1933. Rotulado como bandido pelo governo dos Estados Unidos, suas ações torná-lo-iam um herói em grande parte da América Latina, onde é considerado um símbolo da resistência à dominação estadunidense. Levando os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos a uma guerra não declarada, sua organização guerrilheira sofreu duras derrotas. Ainda assim, escapou a diversas tentativas de captura. As tropas estadunidenses se retiraram do país após controlarem a eleição e tomada de posse do presidente Juan Bautista Sacasa. Sandino foi executado pelo generalAnastasio Somoza García, que subiu ao poder através de um golpe de estado dois anos mais tarde, estabelecendo uma dinastia hereditária que comandou a Nicarágua durante mais de quarenta anos. O legado de Sandino foi seguido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que derrubou o governo de Somoza em 1979.

Em 1921, após tentar assassinar o filho de um proeminente conservador morador da cidade, ele viajou pelas HondurasGuatemala, e eventualmente México, onde encontrou emprego em uma refinaria da Standard Oil (Esso) próxima ao porto de Tampico. Lá ele se envolveu com vários grupos, como os anti-imperialistasanarquistas, e revolucionários comunistas. Em particular, ele foi influenciado pela ideologia do Indigenismo que emergiu na Revolução Mexicana, a qual glorificava (em vez de limpar) a herança indígena da América Latina. Sandino retornou à Nicarágua em 1926 após as acusações que pesavam contra ele expirarem, conseguindo o trabalho de caixeiro na mina de ouro de San Albino, localizado nas montanhas de Segovias, na remota região nordeste do país.


Crescimento como líder guerrilheiro[editar]

Augusto César Sandino (no centro).
Pouco após seu retorno, iniciou-se a Guerra Constitucionalista, quando soldados liberais no porto caribenho de Puerto Cabezas se revoltaram contra o governo do presidente conservador Adolfo Díaz, que havia sido empossado recentemente sob pressões dos Estados Unidos seguidas de um golpe. O líder desta revolta, general José María Moncada, declarou que apoiava o vice-presidente Liberal Juan Batista Sacasa, exilado, que retornou ao país em dezembro declarando-se presidente de um governo "constitucional", reconhecido pelo México. Criando um exército composto em grande parte por mineradores, Sandino liderou um ataque frustrado à guarnição Conservadora mais próxima à mina de San Albino. Após isso, viajou até Puerto Cabezas para se encontrar com Moncada. O requerimento de armas e de uma comissão militar feita pelo desconhecido Sandino foi negado por Moncada; entretanto, após a captura de armas de soldados conservadores em fuga, os outros comandantes liberais acordaram em garantir a ele uma comissão.
Em 1927, quando voltou a Segovias, incitou muitos dos fazendeiros locais a juntarem-se ao seu exército, aumentando pouco a pouco a quantidade de ataques bem-sucedidos contra as tropas do governo. Em Abril, suas forças tiveram uma participação vital ao auxiliar a principal coluna do Exército Liberal, que avançava em Manágua. Ao receber armas e financiamento do México, o Exército Liberal estava muito próximo da captura da capital. Porém, os EUA, sob a ameaça de uma intervenção militar, forçaram os generais Liberais a concordarem com um cessar-fogo. Em 20 de maio, representantes das duas partes assinaram o acordo de Espino Negro, que foi negociado por Henry Stimson, o qual foi apontado pelo Presidente estado-unidense Calvin Coolidge como enviado especial para a Nicarágua. Sob os termos do acordo, ambos os lados concordaram com o desarmamento, Díaz teria permissão para terminar seu mandato, e um novo exército nacional seria estabelecido, a Guardia Nacional, com a permanência dos soldados estado-unidenses no país para supervisionar a eleição presidencial a se realizar. Mais tarde, um batalhão de Marines sob o comando do general Logan Feland desembarcou para garantir o cumprimento do acordo.
Após a assinatura do acordo de Espino Negro, do qual foi excluído de qualquer participação, Sandino recusou-se a ordenar a rendição e entrega de armas e retornou a Segovias, casando-se com a filha de uma telegrafista na vila de San Rafael del Norte. No início de julho editou um manifesto no qual condenava a traição da revolução liberal e declarava guerra aos Estados Unidos, que descrevia como o colosso do norte e o inimigo de nossa raça.1 Mais tarde, ainda no mesmo mês, cerca de 800 seguidores de Sandino atacaram uma patrulha de Marines e homens da Guardia Nacional Nicaraguense que foram enviadas para o capturar na vila de Ocotal. Armados primariamente com machetes e rifles do século XIX, seus homens tentaram sitiar os Marines. No entanto, eles foram reprimidos com a ajuda de um dos primeiros bombardeios da história, conduzidos por cinco biplanos de Havilland. Estimativas para o número de perdas no ataque indicam que 56 homens de Sandino morreram, enquanto os Marines sofreram apenas uma morte e cinco feridos, enquanto a Guarda Nacional teve 3 mortos e cinco feridos. Após essas grandes perdas, Sandino aprendeu com seu erro, e concentrou-se em emboscadas incursões surpresa em vez de ataques abertos.
Com o crescimento de seus sucessos, ele mudou seu nome para Augusto César Sandino e renomeou seu grupo de seguidores paraO Exército de Defesa da Soberania Nacional da Nicarágua. Os esforços da parte dos Marines para matar ou capturar Sandino durante o verão provaram ser falhas, devido ao conhecimento superior do terreno e às técnicas de camuflagem de seus movimentos. Em Novembro de 1927, aeronaves estado-unidenses tiveram sucesso em localizar El Chipote, quartel-general de Sandino nas remotas montanhas próximas à fronteira com Honduras. Entretanto, ao chegar ao local, ele estava abandonado e guardado por bonecos de palha. Sandino e seus homens haviam fugido muito antes.2
Evitando ser detectado, Sandino surpreendeu os Marines ao mover-se em direção ao sul, conduzindo incursões nos departamentos de Matagalpa e Jinotega. Em Fevereiro de 1928, Carlton Beals entrevistou Sandino na cidade de San Rafael del Norte. A entrevista, publicada no The Nation foi a única que Sandino deu a um jornalista estado-unidense. Mais tarde, suas tropas se moveram para leste até a Costa do Mosquito. Em Abril, os Sandinistas destruíram os equipamentos das minas de ouro Bonanza e La Luz, as duas maiores minas do país, ambas pertencentes a investidores estado-unidenses. Com suporte aéreo, os Marines tentaram avançar com patrulhas fluviais da costa leste da Nicarágua até ao rio Coco durante a temporada de chuvas, frequentemente sendo obrigados a usarem canoas nativas. Enquanto essas patrulhas tiveram sucesso em limitar os movimentos das forças Sandinistas e manter um tênue controle sobre o principal rio do norte do país, eles falharam em localizar Sandino ou levá-los a uma vitória decisiva.
Sandino costumava cortar seus inimigos enquanto estavam ainda vivos, dando nomes a cada tipo de procedimento, como o 'corte do charuto'. De fato, seu emblema mostrava um Marine a ser decapitado. Apesar de todo o enorme esforço, os militares estado-unidenses nunca foram capazes de o capturar ou matar, embora tenham sentido que a certo ponto ele poderá ter feito um falso funeral para si mesmo, observado por um avião estado-unidense.

Esforços para ganhar reconhecimento

Ao enviar sua declaração de guerra contra os Estados Unidos para toda a raça indo-hispânica, Sandino viu sua luta em termosracistas como a defesa não apenas da Nicarágua, mas de toda a América Latina. No início de sua rebelião, ele apontou o poeta, jornalista e diplomata hondurenho Froylan Turcios como seu representante estrangeiro oficial. Residente em Tegucigalpa, Turcios foi o destinatário e disseminador dos comunicados, manifestos e notícias de Sandino, bem como sua conexão com simpatizantes que o proviam com armas e voluntários. Trabalhando com um grande número de proeminentes exilados nicaraguenses, Turcios buscou levantar apoio para sua luta em outras nações na América Central e no México, que havia auxiliado os Liberais durante a Guerra Constitucionalista. Neste país, seu principal representante foi um exilado nicaraguense, Pedro Zepeda, que havia servido previamente como ligação entre Sacasa e o governo mexicano.

As principais reivindicações de Sandino eram a renúncia do presidente Díaz, a retirada das tropas estado-unidenses, novas eleições supervisionadas por países latino-americanos e a supressão do Tratado Bryan-Chamorro, que dava aos EUA direitos de exclusividade na construção de um canal através da Nicarágua. As eleições que foram realizadas sob a supervisão dos militares estado-unidenses em Outubro de 1928 e que levaram à eleição de José Maria Moncada, foram um grande revés para a afirmação de Sandino de que agia em defesa da revolução liberal. Antes das eleições ele tentou organizar uma junta com outras três facções, que seriam lideradas por Zepeda. No pacto que estabelecia a Junta, Sandino se autoproclamou Generalíssimo e autoridade militar incontestável da república. Após a eleição, Sandino encerrou as negociações com seu antigo rival, declarando inconstitucionais as eleições. Em uma tentativa de ludibriar Moncada, ele expandiu suas reivindicações para incluir a restauração das Províncias Unidas da América Central, que permaneceriam como um componente central de seu programa político. Em uma carta escrita para o presidente argentinoHipólito Irigoyen em Março de 1929, intitulada Plano para realização do Sonho Bolivariano, Sandino descreveu um projeto político ainda mais ambicioso. Ele propôs uma conferência de todas em nações latino-americanas em Buenos Aires para trabalhar em direção a sua unificação política em uma entidade que chamou de Federação Indo-Latinoamericana Continental e Antilhana, para resistir contra a dominação estadunidense e garantir que o futuro Canal da Nicarágua permanecesse sob controle latino-americano.
Com o crescimento do sucesso de Sandino, ele começou a receber gestos simbólicos de ajuda da União Soviética e da Comintern. A Liga Panamericana Antiimperialista, a qual era supervisionada pelo Bureau Sulamericano da Comintern, escreveu diversas mensagens de apoio a Sandino. A representação estado-unidense da Liga teve um papel central ao fazer oposição à guerra internamente. O meio irmão de Sandino, Socratés, que viveu em Nova Iorque, participou de muitos protestos contra o envolvimento dos Estados Unidos na Nicarágua, os quais eram organizados pela Liga e pelo Partido Comunista Revolucionário dos Estados Unidos. O Sexto Congresso Mundial da Comintern, realizado em Moscou no ano de 1928, declarou apoio a Sandino 'expressando solidariedade para com os trabalhadores e camponeses da Nicarágua, e o heróico exército de emancipação nacional do General Sandino'. Na China, uma divisão do exército Kuomingtang que cercou Pequim em 1928 foi nomeada brigada Sandino. No mês de Junho seguinte, Sandino apontou um representante para o Segundo Congresso da Liga Mundial Anti-imperialista em Frankfurt, a qual foi foi presidida por Jawaharlal Nehru e Madame Sun Yat-sen.
As relações de Sandino com Turcios foram cortadas pela oposição deste em relação a proposta da Junta, e seu posicionamento comHonduras em uma disputa de fronteira com a Guatemala, disputa que Sandino viu como uma distração do objetivo da unificação da América Central. Conflitos entre os dois levaram Turcios a renunciar em Janeiro de 1929, cortando grande parte do suprimento de armamento das forças de Sandino, deixando-o cada vez mais isolado de potenciais ajudas externas à Nicarágua. Em uma tentativa de garantir suporte militar e financeiro, escreveu várias cartas a líderes latino-americanos. Após receber uma oferta de asilo por parte do presidente mexicano Emilio Portes Gil, Sandino deixou a Nicarágua em junho de 1929. Após sua chegada ao México, ele foi confinado pelo governo do país em Mérida, para apaziguar os Estados Unidos. Ele permaneceu em Mérida por mais de um ano e embora tenha conseguido viajar à Cidade do México e ter um encontro com Portes Gil, seu pedido de ajuda foi rapidamente refutado. O Partido Comunista Mexicano ofereceu-se para pagar a viagem de Sandino à Europa, oferta que foi retirada quando se recusou a condenar o governo mexicano. Em abril de 1930, com a crescente hostilidade nas relações entre Sandino e os Comunistas, estes soltaram uma informação sugerindo que Sandino era crítico do governo de Portes Gil, obrigando-o a deixar o país e retornar à Nicarágua.
Durante o período que esteve no México, ele se tornou membro da organização Escola Magnético-Espiritualista da Comuna Universal(EMECU). Fundada em Buenos Aires em 1911 por um eletricista basco, Joaquin Trincado, a EMECU misturava ideais anarquistascom uma cosmologia que era uma síntese idiossincrática do zoroastrismocabala e espiritismo. Rejeitando não apenas o Capitalismo, mas também o Comunismo Bolchevique, Trincado criou seu próprio tipo de comunismo, centrado em um 'Espiritismo da Luz e da Verdade' que iria suceder todas as religiões existentes no estágio final da história da humanidade. Este estágio, que surgiria dos conflitos políticos do século XX, seria testemunha do estabelecimento da 'comuna universal', na qual a propriedade privada e o estado seriam abolidos, o ódio causado por falsas religiões desapareceria e toda a humanidade seria parte de apenas uma raça(hispânica) e teria uma única língua (espanhol). A única comunicação de Sandino com Trincado foi através de uma série de cartas. Entretanto, após seu retorno, seus manifestos e suas afiliações pessoais com o tempo foram moldadas por sua tentativa de aplicar os ideais da EMECU. Também nomeou Trincado como um de seus representantes oficiais e substituiu o antigo selo do camponês decapitando um Marine pelo símbolo da EMECU. Sua desconfiança em relação aos seus antigos aliados Comunistas levou-o a cortar relações com um de seus mais confiáveis tenentes, o salvadorenho Farabundo Martí, acusando-o de ser espião dos comunistas. Em Fevereiro de 1931, Sandino escreveu seu 'Manifesto da Luz e da Verdade', o qual refletia o tom neomilenar em suas crenças. Este manifesto proclamava a chegada do Juízo Final, que testemunharia "a destruição da injustiça na Terra e o Reino do Espírito de Luz e Verdade, que é o Amor". A Nicarágua havia sido escolhida para um papel central nessa ação, e seu exército foi um instrumento de justiça divina. "A honra coube a nós, irmãos, que na Nicarágua fomos escolhidos pela Justiça Divina para processar a injustiça na Terra".3

Retorno à Nicarágua, retirada dos Marines, morte de Sandino

Mesmo não conseguindo garantir nenhuma ajuda externa para as suas forças, a Grande Depressão tornou as expedições militares custosas demais para os Estados Unidos. Em janeiro de 1931, Henry Stimson, na época Secretário de Estado dos Estados Unidos, anunciou que todos os seus soldados se retirariam após as eleições de 1932. A responsabilidade de lidar com as forças de Sandino foi deixada para a recém criada Guardia Nacional Nicaraguense, a qual continuaria sob o comando de oficiais estadunidenses. Em maio, um sismo destruiu Manágua, matando mais de 2000 pessoas.4 Durante o verão de 1931 as forças Sandinistas estiveram ativas em cada departamento ao norte de Manágua, realizando incursões nas regiões ao sul e oeste do país, os departamentos de Estelí,León e Chontales. Embora tenham rapidamente ocupado várias cidades ao longo da principal linha férrea do país, ligando Manágua ao porto de Corinto, o exército de Sandino não tentou capturar nenhum dos grandes centros urbanos, apesar de terem obtido sucesso em ocupações como na cidade de Chinandega.

De acordo com a política da boa vizinhança, os últimos Marines deixaram a Nicarágua em janeiro de 1933, ao se dar a posse do presidente Juan Bautista Sacasa. Os Marines tiveram 130 mortes em sua passagem pela Nicarágua. Sandino encontrou-se com Sacasa em Manágua no mês de fevereiro seguinte, durante o qual ele ofereceu sua lealdade ao presidente e concordava em ordenar a entrega de armas de seus homens. Em troca, Sacasa garantiria amnistia aos soldados de Sandino, além do controle sobre uma grande parte do departamento de Jinotega, ao qual poderiam se mudar com suas famílias e receberiam fundos para estabelecer fazendas comunais. Durante esses encontros, Sandino também teve sucesso em convencer Sacasa a permitir que ele permanecesse com uma pequena força auxiliar e se estabelecesse com os simpatizantes nos departamentos ao norte. Mas, por fim, ele foi enganado e traído por ordem de Somoza, quando retornava de uma nova rodada de encontros com Sacasa e executado em Manágua, no dia 21 de fevereiro de 1934 pela Guarda Nacional, sob o comando de Anastasio Somoza García. No dia seguinte, os soldados da Guarda se deslocaram até as cooperativas e massacraram seus habitantes. Dois anos depois, Somoza García forçou Sacasa a renunciar e declarou-se presidente, estabelecendo uma dinastia que dominaria a Nicarágua durante as quatro décadas seguintes. Em 1979, seu filho, Anastasio Somoza Debayle, foi derrubado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, um grupo revolucionário Marxista que usou o nome de Sandino, e que foi fundada originalmente em 1961 por Carlos Fonseca e Tomás Borge, entre outros, mais tarde sendo liderada por Daniel Ortega.
Aeroporto Internacional de Manágua recebeu o nome de "Aeroporto Internacional Augusto C. Sandino" nos anos 1980.

Referências

  1.  latinamericanstudies.org/sandino/sandino7-1-27.htm
  2.  Neil Maculay, Sandino Affair, Pg. 113
  3.  Sandino: Testimony of a Nicaraguan Patriot, 1921-1934, traduzido por Robert Edgar Conrad, Pg. 105-06
  4.  inter.gob.ni.geofisca/sis/managua72/mallin/great06.htm
  • Hodges, Donald C. Sandino’s Communism: Spiritual Politics For The Twenty-First Century. University of Texas Press (1992)
  • Macaulay, Neil. The Sandino Affair. Duke University Press. (1985) [1967].
  • Navarro-Génie, Marco. Augusto César Sandino: Messiah of Light and Truth. Syracuse University Press (2002).
  • Ramírez, Sergio and Conrad, Robert Edgar trans., "Sandino: The Testimony of a Nicaraguan Patriot 1921-1934" Princeton University Press (1990)
  • Wünderich, Volker. Sandino: Una biografía política. Editorial Nueva Nicaragua (1995). In Spanish.
  • Zimmermann, Matilde. Sandinista: Carlos Fonseca and the Nicaraguan Revolution. Duke University Press (2000).