Em Belém, eventos lembram o Dia da Consciência Negra e debatem direitos
O Brasil celebrou ontem o Dia da Consciência Negra, mas entidades ligadas ao movimento ainda lutam para derrubar mitos e garantir direitos já amparados por lei. Em diversos pontos da cidade, seminários, exposições e oficinas, que acontecem durante toda a semana, buscam derrubar estas barreiras. A data que marca a luta dos afr...
O Brasil celebrou ontem o Dia da Consciência Negra, mas entidades ligadas ao movimento ainda lutam para derrubar mitos e garantir direitos já amparados por lei. Em diversos pontos da cidade, seminários, exposições e oficinas, que acontecem durante toda a semana, buscam derrubar estas barreiras. A data que marca a luta dos afr...
odescendentes para garantir a cidadania e pleno respeito da sociedade marca ainda o dia da morte de um dos heróis negros de maior expressão no país: Zumbi.
Os negros representam a maioria da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 50,7% da população se consideram negros e pardos. Para comemorar a ocasião, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) do Instituto Federal Tecnológico do Pará (IFPA) realiza, de hoje até quinta-feira, o IV Seminário Diversidades e Questões Etnicorraciais, que discutirá temáticas que envolvem o estudo sobre os negros na grade curricular de ensino, bem como as pesquisas sobre a África. 'A lei que inclui o tema na grade do ensino básico existe desde 2003, mas, até agora, isso ainda não aconteceu. Por isso acreditamos ser importante debates e conscientizar as pessoas sobre a necessidade disso', explicou a professora Helena Rocha, coordenadora do evento e do Neab.
A formação dos professores ainda é um dos maiores entraves na inclusão deste conteúdo nas escolas brasileiras. 'Existem pouquíssimas opções de especializações para os docentes. No IFPA, nós temos o Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais, que acredito ser a única opção em Belém', disse Helena. Além disso, os livros didáticos em uso hoje ajudariam a perpetuar certos estereótipos. 'Nas aulas sobre o continente africano se fala muito no aspecto negativo da realidade na África, porém, existe muito mais do que isso. É o mesmo que acontece com certas pessoas, que têm uma ideia muito deturpada da Amazônia, e acabam se surpreendendo ao chegar aqui e encontrar tudo isso',
Os negros representam a maioria da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 50,7% da população se consideram negros e pardos. Para comemorar a ocasião, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) do Instituto Federal Tecnológico do Pará (IFPA) realiza, de hoje até quinta-feira, o IV Seminário Diversidades e Questões Etnicorraciais, que discutirá temáticas que envolvem o estudo sobre os negros na grade curricular de ensino, bem como as pesquisas sobre a África. 'A lei que inclui o tema na grade do ensino básico existe desde 2003, mas, até agora, isso ainda não aconteceu. Por isso acreditamos ser importante debates e conscientizar as pessoas sobre a necessidade disso', explicou a professora Helena Rocha, coordenadora do evento e do Neab.
A formação dos professores ainda é um dos maiores entraves na inclusão deste conteúdo nas escolas brasileiras. 'Existem pouquíssimas opções de especializações para os docentes. No IFPA, nós temos o Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais, que acredito ser a única opção em Belém', disse Helena. Além disso, os livros didáticos em uso hoje ajudariam a perpetuar certos estereótipos. 'Nas aulas sobre o continente africano se fala muito no aspecto negativo da realidade na África, porém, existe muito mais do que isso. É o mesmo que acontece com certas pessoas, que têm uma ideia muito deturpada da Amazônia, e acabam se surpreendendo ao chegar aqui e encontrar tudo isso',
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